Pandemia agrava mercado de trabalho no país

Os impactos da pandemia do coronavírus, somados à política ultraliberal do governo Bolsonaro, geraram intensos prejuízos à sociedade brasileira. O quadro de empregos, que vinha se deteriorando desde o golpe de 2016 e da reforma trabalhista, piorou, e as famílias que estavam à margem da vulnerabilidade, foram empurradas para a extrema pobreza.


Segundo a Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no trimestre encerrado em julho de 2021, o rendimento médio real dos trabalhadores estava 8,8% abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2020. Com a perda de ganho e o enfraquecimento de políticas sociais efetivas, a estimativa é de que 41 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da extrema pobreza atualmente, 8 milhões a mais do que o registrado antes da pandemia.


Quando comparado o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2020, a pesquisa mostra que houve queda de 6,6 milhões no contingente de ocupados. O número de desempregados saiu de 12,9 milhões para 14,8 milhões. 


Para piorar, no cenário caótico após a reforma trabalhista, os poucos postos de trabalho criados oferecem pouca garantia de renda e de direitos. Segundo a pesquisa, mesmo que a economia sinalize um retorno à normalidade, não será suficiente para absorver o enorme contingente de desempregados. O desafio à frente será equilibrar uma retomada sustentável para todos, diante do aumento do desemprego, pobreza, fome e inflação.