Jornalismo de qualidade sob a ótica classista

Dezembro é um mês especial para a comunicação sindical. O Bancário, único jornal diário dos movimentos sociais do país, faz aniversário. Nesta quarta-feira (01/12), completa 32 anos de circulação diária. São 8.290 edições.


O primeiro exemplar circulou no dia 1º de dezembro de 1989, com a necessidade de fazer o contraponto à imprensa comercial, sempre do lado do capital, e registrar os acontecimentos de interesse dos bancários, além de interpretar a notícia dentro da ótica classista. 


Ao longo de 32 anos, O Bancário tratou de fatos de grande repercussão nacional como o impeachment, em 1992, do então presidente Fernando Collor de Mello, a falência do Banco Econômico, a venda do Baneb, a eleição de Lula para presidente da República, o golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016, as reformas que tiram direitos dos trabalhadores, a pandemia do coronavírus, as manifestações contra o governo negacionista de Bolsonaro, entre tantos outros acontecimentos de grande significado histórico. 


Hoje, decorridas mais de três décadas, O Bancário é referência não apenas na imprensa sindical e no movimento social, mas também tem o reconhecimento da mídia como um veículo de comunicação que trata a informação com qualidade e respeito à ética profissional. 

Trabalho diferenciado 
A pandemia do coronavírus mudou a vida de todo o mundo do dia para a noite. O trabalho precisou ser readaptado. A comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia também. O desafio foi grande. Mas, a experiência e solidez fizeram tudo caminhar bem. A rede de diálogo com os trabalhadores e a sociedade cresceu. 


O jornal foi fundamental para isso. Como no início da pandemia, em março de 2020, era difícil ter o papel em mãos, por conta das incertezas sobre o vírus, O Bancário continuou a chegar com mais intensidade pelas redes sociais, seja WhatsApp ou Instagram.


A equipe em trabalho remoto não foi uma barreira. Pelo contrário. Neste período, a comunicação cresceu, assim como o jornal, que ampliou o leque de informações sobre a realidade cotidiana dos bancários, os dramas e dificuldades do povo brasileiro diante da necropolítica ultraliberal do governo Bolsonaro e a resistência democrática.