No Santander, ano começa com retirada de direitos

Logo no primeiro dia útil de 2022, o Santander transferiu todos os funcionários da área da tecnologia para a F1RST, empresa do próprio conglomerado. A manobra dá continuidade ao plano de terceirização, que retira os trabalhadores da representação do Sindicato dos Bancários e da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) negociada entre o movimento sindical e a Fenaban (Federação dos Bancos).


A empresa criada é um artifício para encobrir o trabalho bancário, reduzir custos e cortar direitos de mais de dois mil trabalhadores. Tudo pensado para acabar com a interferência dos sindicatos de todo o país, que lutam diariamente para que nenhum direito seja retirado.


O Santander já responde judicialmente uma denúncia no MPT (Ministério Público do Trabalho) sobre a terceirização dos trabalhadores do Geração Digital para a F1RST. Os sindicatos agora vão incluir no processo esse novo golpe que os trabalhadores vêm sofrendo.


Vale lembrar que a terceirização irrestrita teve apoio dos banqueiros, que destroçaram os direitos conquistados ao longo de décadas. Mas, o movimento do Santander no Brasil é contrário ao que acontece na matriz, na Espanha, onde foi revogada a reforma trabalhista, e agora os trabalhadores terão de volta direitos fundamentais. Por aqui, só irá piorar.