No Brasil, desigualdade no acesso ao pré-natal e parto

As pessoas negras e indígenas sofrem com o racismo da sociedade brasileira mesmo antes do nascimento. A cor da pele interfere no acesso ao exame pré-natal e no tipo de parto realizado pelos médicos.


De acordo com dados do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia), quase 65% das meninas brancas têm acesso adequado ao pré-natal. O índice cai para 50% entre as negras e 30% para as indígenas. 


O acesso à saúde é muito desigual. Entre 2008 e 2019, houve uma tendência de queda no número de nascimento de bebês de meninas brancas e asiáticas, de 16%, em 2008, para 9%, em 2019. Entre as negras, houve redução de 3%. 


O levantamento ainda revela que há indicação excessiva de parto cesárea sem a menor necessidade, retratado também nas diferentes raças.