Empregados da Caixa precisam ser valorizados

Quando muita gente ainda nem saiu de casa, eles já estão nas agências, preparando o dia. Com a pandemia, tiveram de madrugar, literalmente, para atender a população que precisava do auxílio emergencial para sobreviver.


Paralelamente, batem metas, atendem empresas, investidores, brasileiros em busca de crédito, seja para a casa própria, para o negócio ou outra demanda. É um trabalho cansativo, mas prazeroso. Esse é o dia a dia do empregado da Caixa, o único banco 100% público do país.


Graças ao empenho de cada um dos cerca de 84 mil bancários, a Caixa chega nos quatro cantos do Brasil. Embora sejam essenciais, são pouco valorizados. Ao contrário da carteira de clientes, que saiu de 96 milhões para 145 milhões em menos de dois anos, o quadro de pessoal vem caindo. O banco perdeu em torno de 20 mil empregados. 


Com muito mais clientes para atender e as agências cada vez mais enxutas, muitos terminam doentes. A falta de trabalhadores foi bem visível durante o pagamento do auxílio emergencial. Mas, ao invés de contratar, a direção da empresa, subordinada ao governo Bolsonaro, tenta desgastar ainda mais a Caixa, para abrir caminho à privatização. Desta forma, pressiona, ameaça, tira função e adoece cada vez mais o trabalhador.