Economia patina, enquanto pobreza cresce
O ultraliberalismo bolsonarista deixa o Brasil em terra arrasada. Enquanto a recuperação da economia se dá de forma lenta, a pobreza e a desigualdade social aumentam em ritmo acelerado.
Boletim do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que o número de pessoas em situação de fome aumentou para 33 milhões neste ano. Do total, 14 milhões passaram a condição no último ano.
Além disso, 125,2 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar, segundo a Rede Pessan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
Com o Brasil afundado na miséria, o governo Bolsonaro não tem estratégia para salvar o país. Na verdade, investe em medidas eleitoreiras. A “PEC do desespero eleitoral”, aprovada recentemente no Congresso Nacional e transformada na Emenda Constitucional 123/22, de acordo com o Dieese, “é uma tentativa de reverter o quadro eleitoral, distribuindo benefícios somente até o final do ano, sem que esteja, de fato, articulada com uma mudança de estratégia na política econômica e nas políticas sociais”. É o caso do Auxílio Brasil.
Além de derrubar os indicadores sociais, Bolsonaro insiste no entreguismo para deteriorar o patrimônio nacional. Um dos exemplos é privatização da Eletrobras, que aumenta o risco de elevação das tarifas de energia elétrica e sabota a soberania e a segurança energética nacional. Os bancos públicos também estão na mira. Por isso, a mobilização e resistência dos trabalhadores são fundamentais.