Santander cobra metas e causa adoecimentos mentais

A condenação do Santander por danos morais coletivos em razão de metas abusivas, adoecimentos mentais e assédio moral não surpreende os sindicatos e empregados. O banco foi obrigado, pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, a pagar indenização de R$ 275 milhões, como resultado da Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho.


Os bancários do Santander sofrem por conta das distorções na organização e condições de trabalho. Em decorrência da cobrança por metas abusivas e assédio, muitos estão doentes, física e psicologicamente.


Em 2010, os benefícios previdenciários por transtornos mentais correspondiam a 20,41% da totalidade dos concedidos aos empregados do Santander. O percentual subiu para 37,29%, em 2015, apesar das demissões realizadas pelo banco no ano. Segundo depoimento do MPT, foi comprovada a inadequação da organização do trabalho no Santander que tem gerado transtornos mentais aos empregados como consequência das metas inalcançáveis. 


Além dos graves prejuízos à saúde dos empregados, o banco lesa os direitos dos consumidores em razão de tempo excessivo de espera em filas, empurra vendas casadas, não reconhece títulos de crédito mesmo de correntistas e em dinheiro e ainda altera tarifas bancárias sem autorização dos clientes.