Após pressão da CEE, Caixa diz que vai contratar 500 empregados
A Caixa possui um déficit de quase 20 mil bancários. A sobrecarga de trabalho é grande. Por isso, a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) cobrou mais contratações durante negociação com a direção do banco, nesta segunda-feira (26/07). Após amplo debate, a instituição prometeu contatar 500 novos trabalhadores.
De acordo com a Caixa, serão empossados até agosto os empregados que já estão realizando exames médicos. É importante dizer que o banco tem mais de 142 milhões de clientes e 220 milhões de contas bancárias. Isso significa dizer que cada empregado é responsável pelo atendimento de, em média, 1.700 correntistas.
Em relação às condições de trabalho, a CEE cobrou o fim da designação por minuto nas funções de caixa, tesoureiro e avaliador. A empresa vai analisar a questão.
Ainda foram debatidos os descomissionamentos sem critério e a discriminação nos PSIs (Processos de Seleções Internas) dos empregados do Reg Replan Não Saldado. A discussão também incluiu os problemas de TI e as mudanças constantes dos normativos e rotinas que atormentam os empregados.
Sobre a GDP, a CEE cobrou a inclusão no debate dos critérios de avaliação da Gestão de Desempenho de Pessoas, além do ponto de vista gerencial. Também manifestou preocupação sobre o programa ser utilizado como instrumento de assédio.
“Hoje o que temos é a gestão pelo medo. Essa é a situação que foi implementada na Caixa. A empresa está doente, não apenas alguns empregados”, afirmou Emanoel Souza, secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e membro da CEE.
Na negociação, a comissão ainda propôs a redução da jornada para 4 dias por semana e cobrou debate sobre o respeito a atual jornada dos empregados. Também levantou os riscos do trabalho nas salas de autoatendimento.
Para Emanoel Souza, “o principal destaque na reunião de desta segunda foi termos conseguido arrancar a contratação de 500 novos empregados nas próximas semanas. Afinal, como todos sabemos, a melhor forma de melhorar as condições trabalho passa por mais contratações”, ressaltou.
