Santander lucra R$ 8 bilhões em seis meses, mas assedia 

Enquanto explora funcionários, assedia e precariza o atendimento aos clientes, o Santander Brasil obteve lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, de R$ 8,089 bilhões no primeiro semestre deste ano. Só no segundo trimestre – abril a junho – alcançou lucratividade de R$ 4,084 bilhões.


Nos primeiros seis meses de 2022, o lucro líquido societário do banco espanhol foi de R$ 7,923 bilhões. Alta de 14,5% em relação ao mesmo período de 2021, quando lucrou R$ 6,919 bilhões. Inabalável, os bons resultados do Santander no Brasil são à custa de assédio moral, cobrança por metas abusivas, acúmulos de funções, demissões em massa e cobranças de altas tarifas e taxas aos clientes. 


Apenas com receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 4.882 milhões de abril a junho. No período, a margem financeira bruta da empresa atingiu R$ 12.775 bilhões. Agora, o Santander foi obrigado a pagar R$ 275,4 milhões em indenizações a empregados pela prática de assédio moral e consequente adoecimento e R$ 79 milhões aos clientes por cobranças indevidas entre janeiro de 2014 e fevereiro deste ano. Nada mais justo.