Comando Nacional cobra atenção à saúde

Com a rotina de assédio moral e cobrança exagerada de metas, o índice de adoecimento na categoria tem crescido. Por isso, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) atenção à saúde e melhores condições de trabalho, durante a negociação desta segunda-feira (01/08). 


A saúde dos bancários está em risco. Segundo informações do Dataprev, o número de afastamentos nos bancos, nos últimos 5 anos, aumentou 26,2%, enquanto nas demais profissões foi de 15,4%. Já os dados do INSS revelam que, apesar de representar 1% do emprego formal no Brasil, a categoria soma 24% dos afastamentos por doenças mentais no país.


As doenças mentais e comportamentais representaram 55% dos afastamentos em 2021. O diretor do Departamento de Saúde do Sindicato dos Bancários da Bahia, Célio Pereira, que participou da negociação, chamou atenção para os motivos que desencadeiam o adoecimento, como gestão, metas, assédio, discriminação e o medo de demissão.


O Comando cobrou a criação de mecanismos para combater e prevenir o adoecimento. Dados da última consulta nacional da categoria revelam que 35,5% dos bancários fazem uso de medicamentos controlados, como antidepressivo, ansiolítico ou estimulante. O dado não pode ser visto apenas como um número. É reflexo de uma rotina sistemática de assédios e pressões.


Durante a negociação, o Comando também apresentou os benefícios da semana de trabalho com 5 dias para a saúde. Uma jornada menor impacta diretamente nas disposições física e mental dos bancários, pela possibilidade de organizar os dias disponíveis de acordo com necessidades individuais.


Próxima mesa discute cláusula econômica


A próxima mesa de negociação será nesta quarta-feira (03/08), e vai discutir cláusulas econômicas. O assunto voltará a ser discutido no dia 11 de agosto, completando o calendário.