Governo quer transferir auxílio do pobre para bancos

Ao sancionar a lei que permite o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, Jair Bolsonaro libera a transferência do benefício concedido aos mais pobres para os bancos. Mais uma vez beneficiando o grande capital em detrimento da população mais carente. Especialistas apontam que os juros cobrados podem chegar a três vezes mais do que outros consignados do mercado. 


A população mais carente está desempregada e sem acesso a comida para sobreviver, mas o governo Bolsonaro tenta sugar o que pode na tentativa de ludibriar o povo com, uma oferta tentadora de “dinheiro fácil” para conquistar votos em meio às vésperas da eleição. O limite das prestações mensais para quem pega o empréstimo é de 40% do Auxílio Brasil, o que representa R$ 160,00. Não existe taxa de juros máxima por mês e cada banco pode estabelecer o valor dos encargos a serem cobrados.


O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, que também é vereador da Câmara Municipal de Salvador, alerta que uma parte dos mais de R$ 100 bilhões que o governo reservou neste ano para o pagamento do programa que substituiu o Bolsa Família vai ser transferido para o setor mais rentável da economia brasileira: os bancos. A intenção é viabilizar ainda mais o enriquecimento do sistema financeiro.


“Os bancos vão aumentar o endividamento, porque imagine: nas últimas parcelas do Auxílio Brasil teremos pessoas que vão receber quase nada aumentando o problema da fome e transferindo para o setor mais rentável da economia brasileira parte desses recursos. Estamos enfrentando essa questão e é necessário que a população seja esclarecida sobre o que está em jogo”, finalizou Vasconcelos.