Na mira do governo Bolsonaro, Caixa lucra R$ 5 bi 

Um dos alvos preferidos do governo Bolsonaro, a Caixa registrou lucro líquido gerencial de R$ 4,9 bilhões no primeiro semestre deste ano. No segundo trimestre, lucrou R$ 1,833 bilhão, queda de 70,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando arrecadou R$ 6,260 bilhões de abril a de junho. No entanto, o banco esconde a lucratividade com a forte expansão, de 78,1%, nas provisões contra devedores duvidosos.


Houve aumento de 10,5% no patrimônio líquido de R$ 118,7 bilhões, no comparativo com o segundo trimestre de 2021. Os ativos totais somaram R$ 1,5 trilhão. A Caixa também ampliou as receitas provenientes de operações de crédito, carteira de operações e a receita de serviços. A margem financeira acumulou R$ 12,744 bilhões no segundo trimestre. 


Os números são reflexos do trabalho dos quase 85 mil empregados, mesmo com o déficit de quase 20 mil bancários, como resultado do desmonte orquestrado pelo governo desde 2016. Cada trabalhador atende, em média, 1.700 pessoas, já que a Caixa tem mais de 142 milhões de clientes e 220 milhões de contas bancárias. 


Enquanto o atendimento oferecido à população está sucateado, com longas filas e bancários doentes, o crescimento da carteira de crédito ampla foi de 13,7%, para R$ 928,175 bilhões. A Caixa lidera o mercado com a carteira de crédito habitacional. O aumento foi de 11% no período, para R$ 595,169 bilhões, e a carteira destinada ao agronegócio chegou a R$ 30,780 bilhões. Avanço de 202,3%.