Cresce a inadimplência entre a população carente 

O brasileiro está com a mão na cabeça. Resultado da necropolítica do governo Bolsonaro, o custo de vida não para de subir, com a elevação dos preços dos produtos. Já o reajuste salarial não consegue nem repor a inflação, na maioria dos casos. Para completar, os bancos abusam e elevam absurdamente os juros.


Quem paga a fatura do cartão de crédito atrasada, uma rotina para muitas famílias atualmente, está em uma verdadeira bola de neve. A taxa chegou a 364% ao ano em abril. É a mais cara para pessoa física, aponta o Banco Central.
 

A população carente é a que mais sente os reflexos de uma economia desequilibrada, com a inflação sem controle. Na busca por ter pelo menos o básico em casa fica endividada. Os dados mostram que a inadimplência entre pessoas que ganham até um salário mínimo (R$ 1.212,00) chegou a 12,24% em abril, maior taxa desde outubro de 2016. 
 

Já quem ganha até dois salários mínimos, o índice ficou em 11,23% no mesmo período. A acessibilidade ao cartão de crédito gera uma falsa sensação de maior poder de compra, principalmente para quem precisa prolongar o salário até o fim do mês. 


Mas, com o rendimento baixo, muita gente não consegue pagar a fatura. Os débitos não pagos cresceram 58,25% em comparação com abril do ano passado.