Com reforma trabalhista, mais informalidade 

A reforma trabalhista só deixou promessas de boas notícias. Aumentou a informalidade, reduziu empregos de qualidade, renda e a possibilidade de aposentadoria. Aprovada no governo Temer e aprofundada por Jair Bolsonaro, a nova lei apenas contribuiu para a precarização das relações de trabalho.


Da mesma forma que não criou os 6 milhões de empregos prometidos, a reforma ainda ajudou com a alta no número de trabalhadores informais a partir de 2017. A informalidade atingia 37 milhões de pessoas no ano da mudança na legislação trabalhista e em 2019 subiu para 39 milhões. Média de um milhão de informais ao ano.


Eram 6,7 milhões desocupados e dois anos depois chegou a 11,9 milhões de pessoas sem ocupação. Aumento expressivo de 5,2 milhões brasileiros. A média salarial das pessoas com carteira assinada e os sem carteira assinada têm tido uma queda considerável a partir dos reajustes abaixo da inflação. Quem tinha carteira assinada recebia, em média, R$ 2.158,00 em 2012 e os que não tinham R$ 1.219,00. Já em 2019, a média foi para R$ 2.249,00 para os com carteira assinada e os que não tinham aumentou para R$ 1.367,00.


Além disso, dois anos após a reforma trabalhista houve alta em um milhão a quantidade de trabalhadores que não consegue pagar a Previdência Social em relação a 2012. Mais retrocessos. A conclusão foi feita pelo estudo da doutoranda Escola Nacional de Ciências e Estatística do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Adriana Maria Dessie.