No Brasil, pobres se endividam até para comer 

Com uma inflação alta e mercado de trabalho precarizado, reflexo da reforma trabalhista e da política ultraliberal do governo Bolsonaro, os brasileiros das classes C, D e E tomam empréstimo para comprar comida e pagar contas básicas do dia a dia. É o que aponta o Instituto de Pesquisa Plano CDE. 


Os dados demonstram a situação grave que a maioria da população enfrenta. Considerando todas as classes, 42% dos mais pobres afirmam ter alguma dívida em atraso, o que significa que o crédito como complemento de renda é um caminho para o superendividamento. 


Os brasileiros se viram como pode para sobreviver. Aumento na carga de trabalho – horas extras, bicos, trabalhos temporários – e vendas de bens costumam ser as alternativas mais utilizadas para conseguir pagar as contas.


Quando o recorte é feito entre os mais ricos, o cenário muda completamente. Nesse grupo, o principal motivo para contratar empréstimo é ampliar o investimento no próprio negócio, aponta a pesquisa.