União Europeia veta produtos de desmatamento

Em um acordo inédito, o Parlamento Europeu e os Estados-Membros da UE (União Europeia) decidiram proibir a importação de vários produtos oriundos de desmatamento. A iniciativa protege vários ecossistemas ameaçados, mas o comunicado falha em relação à proteção aos povos indígenas.


Vários produtos, como o cacau, café ou soja são citados no texto, como itens a serem deixados de consumir. Também será afetada a importação de óleo de palma, madeira, carne bovina e borracha, assim como a de couro, chocolate, móveis, papel impresso e carvão.


Pela recente decisão, se estes produtos forem oriundos de terras desmatadas após dezembro de 2020, não deverão ser importados pela UE. Uma justificativa importante que o documento apresenta são os danos impostos a todas as florestas, ficando a cargo das empresas importadoras a comprovação da rastreabilidade da geolocalização das safras.


A medida tem sido considerada por especialistas e ONGs (Organização não Governamental) que protegem o meio ambiente como um importante avanço, porém deixa brechas. Para os povos indígenas, por exemplo, foi dada apenas uma proteção muito precária por se apoiar na legislação local, desigual em relação aos países em questão.