Dispara o número de registro de armas no país 

Com o fim do governo Bolsonaro e sua política armamentista, houve uma espécie de corrida para compra de armas. O número de registros mais do que dobraram no Brasil. 
De setembro a novembro, mais de 2 mil armas foram registradas diariamente pelos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). No período de janeiro a agosto, a média era inferior a 870 registros diários.


Segundo dados do Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), nesses últimos meses foram pelo menos 184 mil registros, o que significa uma média mensal de 61,4 mil novas armas. O número assustador é mais do que o dobro da média mensal até agosto, que era de 26 mil, totalizando 391,3 mil armas registradas de janeiro até novembro.


Bolsonaro somente facilitou o armamento irresponsável no país. No seu governo, foram baixados mais de 40 decretos que facilitavam o acesso à armas, tornando possível, por exemplo, que um atirador tenha até 60 armas, das quais 30 delas eram de uso restrito das forças de segurança.


A equipe de transição do governo Lula já sinalizou mudanças. Contrário à política de armas, o grupo do presidente eleito estuda como revogar os mais de 40 atos e decretos de Bolsonaro, o que também trará impacto sobre aqueles que já compraram armas de grosso calibre, fazendo valer o que já estava previsto no estatuto do desarmamento de 2003.