Genocídio em Gaza: o silêncio do Ocidente
O genocídio cometido por Israel e EUA contra a população de Gaza completou dois anos nesta semana. São exatos 731 dias de ataques diários a civis inocentes, a imensa maioria mulheres e crianças, que resultaram em mais de 67 mil mortes (20 mil deles crianças), e quase dois milhões de pessoas arrancadas de suas casas, empurradas para o nada.
Por Camilly Oliveira
O genocídio cometido por Israel e EUA contra a população de Gaza completou dois anos na terça-feira. São exatos 731 dias de ataques diários que matam civis inocentes, a imensa maioria mulheres e crianças. Já são mais de 67 mil mortes (20 mil crianças) e quase 2 milhões de pessoas arrancadas de suas casas, empurradas para o nada.
Enquanto o sionismo tenta exterminar do mapa todo um povo, o Ocidente se cala. Pouco se conhece o que realmente está acontecendo. E o que se sabe, muitas vezes, é pelos olhos do “Jornalismo Canalha”, que insiste em tratar o genocídio como uma simples guerra de Israel contra o Hamas.
Gaza é claramente símbolo da contradição da humanidade: a barbárie sustentada por governos como EUA e da Europa, que se dizem democráticos mas financiam o extermínio de um povo.
A “zona humanitária” criada por Israel é um nome bonito para o inferno: bombardeada, cercada, impossível de viver. Em Gaza, entre lonas e escombros, sobrevivem a fome, a sede e a memória de um povo que resiste a Joe Biden, Donald Trump e as potências europeias.
A guerra contra quem conta a guerra
Em Gaza, a verdade é um campo de batalha. Desde outubro de 2023, Israel matou mais jornalistas do que qualquer guerra da história. São 246 profissionais assassinados em menos de dois anos, segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos. O número supera o total de repórteres mortos nas duas guerras mundiais, na Coreia, no Vietnã e no Afeganistão, somados.
A RSF (Repórteres Sem Fronteiras) confirma que ao menos 56 dos profissionais mortos foram alvos diretos, executados enquanto trabalhavam. É uma ofensiva contra quem ainda tenta mostrar o genocídio de um povo.
A importância de proteger jornalistas em Gaza vai além da profissão, mas questão de sobrevivência da própria verdade. São eles quem mostram as filas por comida, a fome, os hospitais transformados em escombros, os socorristas assassinados quando tentam salvar vidas.
