Superlotação nas agências do Itaú
Em visita às agências do Itaú, diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia e da Federação da Bahia e Sergipe comprovaram que o cenário encontrado das unidades da Calçada e Comércio é alarmante. Superlotação assutadora.
Por Ana Beatriz Leal
O Itaú nem parece banco e sim uma máquina de moer trabalhador e cliente. Em visita às agências do Itaú, diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia e da Federação da Bahia e Sergipe comprovaram que o cenário encontrado das unidades da Calçada e Comércio é alarmante. Superlotação assutadora.
A situação coincide com o fechamento da agência de Paripe, no último dia 6, o que concentrou o atendimento nas demais unidades. Obviamente, a demanda é alta demais para o quantitativo de funcionários. A sobrecarga é evidente.
Segundo os diretores do Sindicato, Luis Claudio Magarão, Ricardo Lima e Robson Bomfim, e da Feeb, Alan Gomes, Guilherme Martinez e Luciana Dória, que estiveram nos locais nos últimos 15 dias, o tempo médio de espera na fila atingiu cerca de 4 horas na visita da semana passada, e apesar de uma ligeira melhora, ainda permaneceu em cerca de 2 horas na visita desta semana. A superlotação evidencia que, enquanto o atendimento presencial sofre com redução de estrutura e trabalhadores, o banco continua a operar com lucratividade elevada.
O Itaú publicou em novembro de 2025 um lucro gerencial recorrente de cerca de R$ 11,876 bilhões no terceiro trimestre, com crescimento anual de 11,3%. No primeiro trimestre deste ano, o banco já havia registrado lucro de aproximadamente R$ 11,128 bilhões, alta anual de 13,9%.
Enquanto o banco comemora os resultados exorbitantes, os clientes enfrentam filas intermináveis e atendimento comprometido. A discrepância é gritante. O lucro explode, mas o investimento em atendimento físico, em estrutura humana, está cada vez menor.
Os diretores do Sindicato e da Feeb constaram o que têm cobrado aos bancos e denunciado aos órgãos competentes: as agências físicas seguem essenciais, sobretudo para a população sem acesso aos canais digitais. A materialidade é incontestável. Agências lotadas, trabalhadores sobrecarregados e um atendimento cada vez mais precarizado após o fechamento de outras unidades.
