Desesperado diante de um processo de isolamento cada vez mais amplo e r&aacute;pido, Bolsonaro parte para a radicaliza&ccedil;&atilde;o. Acredita ser o melhor caminho para a salva&ccedil;&atilde;o. Tem tudo para cometer o mesmo erro de J&acirc;nio Quadros e Collor de Mello. A crise do coronav&iacute;rus est&aacute; fazendo despencar o apoio popular do capit&atilde;o. 
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POR ROGACIANO MEDEIROS

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CASO PERDIDO

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Tem jeito para Roberto Barroso n&atilde;o. Criticado por ser costumeiro em acender uma vela para Deus e outra para o diabo, ao pedir vista no CNJ e suspender a abertura de PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra Moro, Hardt, Flores e outros, o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justi&ccedil;a refor&ccedil;a as acusa&ccedil;&otilde;es de que seria um &ldquo;lavajatista enrustido&rdquo;.

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ATO INDECOROSO

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Independentemente se um magistrado s&oacute; pode ser afastado das fun&ccedil;&otilde;es por decis&atilde;o colegiada com maioria absoluta, como argumentou Roberto Barroso ao anular o afastamento da ju&iacute;za Gabriela Hardt, aquela que copiou o colou a senten&ccedil;a de Moro, h&aacute; de se registrar o indecoro e grosseria do presidente do STF e CNJ ao atacar o corregedor nacional Lu&iacute;s Felipe Salom&atilde;o.

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MUITO BOM

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Excelente, oportuno e certeiro o artigo de Florestan Fernandes Jr. no Brasil 247 sobre os graves crimes da Lava Jato e a necessidade de punir os (ir)respons&aacute;veis por tanta delinqu&ecirc;ncia, n&atilde;o apenas no plano pol&iacute;tico, mas tamb&eacute;m penal. O t&iacute;tulo j&aacute; diz tudo: &ldquo;Moro: o Batman da corrup&ccedil;&atilde;o agora &eacute; o coringa da malversa&ccedil;&atilde;o&rdquo;. A Rep&uacute;blica de Curitiba fez muito mal ao Brasil.

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GRAVES CRIMES

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&quot;O relat&oacute;rio da correi&ccedil;&atilde;o do CNJ contra Gabriela Hardt, Thompson Flores e outros, &eacute; muito grave. &Eacute; grave no aspecto criminal. Fala-se, ali, do cometimento de crimes grav&iacute;ssimos&quot;. Do jurista Pedro Serrano sobre o resultado da devassa na 13&ordf; Vara Federal de Curitiba, onde o ex-juiz S&eacute;rgio Moro e a ju&iacute;za Gabriela Hardt praticaram il&iacute;citos durante a Lava Jato.

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MENOS MAL

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Claro que n&atilde;o &eacute; o melhor do mundo democr&aacute;tico. Mas, diante da triste realidade de at&eacute; hoje nenhum militar que matou e torturou na ditadura civil-militar (1964-1985) ter recebido puni&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o deixa de ser avan&ccedil;o o Ex&eacute;rcito j&aacute; ter punido metade dos oficiais que, em 2022, assinaram carta pressionando o comando da corpora&ccedil;&atilde;o a aderir o plano golpista de Bolsonaro.

SEM CREDIBILIDADE 
O compromisso do X, antigo Twitter, de cumprir as decis&otilde;es da Justi&ccedil;a brasileira, n&atilde;o &eacute; confi&aacute;vel. Primeiro por se tratar de uma empresa que defende e pratica a dissemina&ccedil;&atilde;o de not&iacute;cias falsas, estimula a intoler&acirc;ncia e o &oacute;dio. N&atilde;o d&aacute; para confiar no fascinazismo. Depois, a garantia dada n&atilde;o significa que o dono, Elon Musk, v&aacute; deixar de afrontar a soberania nacional.

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PARA TELEGUIADOS 
Claro que Elon Musk ia acatar as decis&otilde;es da Justi&ccedil;a. Se n&atilde;o fizesse teria de cair fora e o Brasil &eacute; o quarto maior mercado da empresa. Tem mais, o objetivo dos ataques do bilion&aacute;rio &agrave; soberania nacional nunca foi romper contrato comercial, mas sim mobilizar os teleguiados da extrema direita, do fascinazismo, com fins pol&iacute;ticos, econ&ocirc;micos, ideol&oacute;gicos e eleitoreiros.

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PRECISAM PAGAR 
As agress&otilde;es do bilion&aacute;rio fascinazista Elon Musk &agrave; soberania nacional, as tentativas de destruir a democracia brasileira, n&atilde;o se encerram com a garantia do X (Twitter) de obedecer a legisla&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s. Isto &eacute; obriga&ccedil;&atilde;o de qualquer pessoa f&iacute;sica ou jur&iacute;dica. Ele e os lacaios nativos t&ecirc;m de pagar, legalmente, pelos crimes cometidos contra o Brasil. Com rigor, sem condescend&ecirc;ncia. &nbsp;

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&Uacute;LTIMO BASTI&Atilde;O 
O jornalista Breno Altman, que acaba de lan&ccedil;ar em Salvador o livro &ldquo;Contra o sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista&rdquo;, diz acertadamente que &ldquo;a esquerda n&atilde;o pode judicializar a luta pol&iacute;tica&rdquo;. Realmente, est&aacute; faltando mobiliza&ccedil;&atilde;o popular. S&oacute; que diante de um Parlamento reacion&aacute;rio, da estupidez das elites, o Judici&aacute;rio tem sido o &uacute;ltimo basti&atilde;o da democracia.

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FACE CRIMINOSA 
Ap&oacute;s as trag&eacute;dias Temer e Bolsonaro, &agrave; medida que a democracia se restabelece e a hist&oacute;ria resgata a realidade dos fatos, fica cada vez mais evidente a face criminosa, lesa-p&aacute;tria, da Rep&uacute;blica de Curitiba e da Lava Jato. Vide a extin&ccedil;&atilde;o dos processos contra Lula, cassa&ccedil;&atilde;o de Dallagnol, afastamento de Gabriela Hardt e a poss&iacute;vel perda do mandato de Moro. Vem mais.

QUEST&Atilde;O CLASSISTA 
Diante das remotas chances de Bolsonaro reverter a inelegibilidade at&eacute; 2030, as elites procuram desesperadamente um nome para suced&ecirc;-lo na elei&ccedil;&atilde;o de 2026 e salvar a agenda ultraliberal. No plano macroecon&ocirc;mico, Lula n&atilde;o tem poder hoje para sepultar o ultraliberalismo, mesmo assim, ideologicamente, os donos do dinheiro querem v&ecirc;-lo fora do poder. &Eacute; uma quest&atilde;o de classe.

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FRASE POTENTE 
Ao afirmar, perante a elite da ind&uacute;stria automobil&iacute;stica, que &ldquo;o Brasil est&aacute; pronto para se tornar uma pot&ecirc;ncia&rdquo;, Lula toca em uma quest&atilde;o geopol&iacute;tica complexa e visceral na Am&eacute;rica Latina. &Eacute; poss&iacute;vel se tornar um pa&iacute;s potente sem romper com a ordem internacional imperialista, hoje ultraliberal? Que digam Cuba, Venezuela e, fora do subcontinente, at&eacute; a R&uacute;ssia. Sem rodeio.

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PIRATAS VIRTUAIS 
O caso da criminosa tentativa do bilion&aacute;rio fascinazista Elon Musk de destruir a democracia brasileira, com agress&otilde;es &agrave; soberania nacional, ajuda a entender o motivo de o poder econ&ocirc;mico, em n&iacute;vel global, rejeitar radicalmente a regula&ccedil;&atilde;o da Internet. As redes sociais s&atilde;o usadas para afrontar a soberania dos pa&iacute;ses e saquear as riquezas. Bandidagem digital.

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FALTA GRAVE 
Se Arthur Lira (PP-AL), presidente da C&acirc;mara, tivesse compromisso com o Brasil, remeteria ao Conselho de &Eacute;tica os deputados bolsonaristas Bibo Nunes (PL-RS), Marcel Hattem (Novo-RS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Any Ortiz (Cidadania-RS), que apoiam as agress&otilde;es do fascinazista Elon Musk &agrave; soberania nacional. Alta trai&ccedil;&atilde;o. Caso para cassa&ccedil;&atilde;o de mandato.

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GOLPISMO ATIVO 
Afirma&ccedil;&otilde;es do professor da UERJ Jo&atilde;o Cezar de Castro Rocha em entrevista ao 247 que desenham a delicada realidade brasileira: &quot;A articula&ccedil;&atilde;o golpista continua a todo vapor&quot;. Outra: &quot;Elon Musk est&aacute; agindo em sintonia com os extremistas brasileiros&quot;. Mais uma: &quot;O movimento da extrema direita internacional &eacute; totalmente coordenado&quot;. Pois &eacute;, est&aacute; faltando povo nas ruas.

MUITO GRAVE 
O car&aacute;ter entreguista, a servid&atilde;o ao imperialismo e o complexo de vira-lata das elites nativas, representadas nas bancadas do boi, da b&iacute;blia e da bala, se comprovam na vergonhosa mo&ccedil;&atilde;o de aplauso aprovada pela Comiss&atilde;o de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da C&acirc;mara Federal a Elon Musk, que tenta destruir a democracia brasileira. Merecem cadeia, por crime de alta trai&ccedil;&atilde;o.

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FARSA REPETIDA 
Os ataques do fascinazista Elon Musk ao Brasil e ao povo brasileiro s&atilde;o mais um epis&oacute;dio a desmascarar o farsante &ldquo;patriotismo&rdquo; da extrema direita, que para atender interesses pessoais n&atilde;o hesita em trair o pa&iacute;s. Sempre foi assim. V&iacute;cio colonial. Ajudam os estrangeiros a roubarem a riqueza nacional. Bolsonaro chegou ao c&uacute;mulo de bater contin&ecirc;ncia &agrave; bandeira dos EUA. &nbsp;

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EST&Atilde;O CORRETAS 
&ldquo;Incentivo ao desrespeito &agrave;s decis&otilde;es judiciais, publica&ccedil;&otilde;es contr&aacute;rias &agrave;s leis brasileiras, ataques &agrave; ordem p&uacute;blica e democr&aacute;tica&rdquo;. S&atilde;o os argumentos de duas valiosas entidades - Instituto Fiscaliza&ccedil;&atilde;o e Controle e a Educafro - que entraram com a&ccedil;&atilde;o na Justi&ccedil;a pedindo a cobran&ccedil;a de multa de R$ 1 bilh&atilde;o ao X (Twitter) por viola&ccedil;&otilde;es ao Estado democr&aacute;tico de direito no Brasil.

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BOA PERGUNTA 
&quot;O fascismo no S&eacute;culo XXI parece ter sido naturalizado. Se tornou normal. &Eacute; com esta naturaliza&ccedil;&atilde;o que o extremismo de direita avan&ccedil;a pelo mundo. O que fazer?&quot;. Boa pergunta da fil&oacute;sofa Marcia Tiburi, diante da brutalidade que tem atormentado a humanidade com a ascens&atilde;o de figuras nefastas como Bolsonaro, Trump, Milei e outros da mesma laia. Resistir sempre. Faz bem.

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DEMOCRACIA VIVA 
A decis&atilde;o da C&acirc;mara de manter a pris&atilde;o preventiva de Chiquinho Braz&atilde;o (sem partido-RJ), acusado de mandar matar Marielle, e a amplia&ccedil;&atilde;o, pelo STF, do foro privilegiado para ex-deputados e ex-senadores em crimes cometidos durante o mandato, s&atilde;o duas vit&oacute;rias da democracia sobre o fascinazismo. Uma no Legislativo e outra no Judici&aacute;rio. Bom para o Brasil. 
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