COLUNA SAQUE
DOENÇA
A constatação do professor francês Christophe Clavé, de que houve uma queda no QI da humanidade nos últimos 20 anos, não deixa dúvida. A espécie humana está doente e pode piorar. Bolsonaro, Moro, Trump e outros negacionistas são consequências dessa decadência intelectual, científica, ética, cultural, que descambou no ultraliberalismo neofascista.
NOTÁVEIS
Dois bons livros atuais que ajudam a entender melhor o trabalho do professor francês Christophe Clavé sobre a queda no QI da humanidade. Um é “O mal-estar da pós-modernidade”, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. O outro é “A morte da verdade”, da jornalista norte-americana Michiko Kakutani. Vale a pena a leitura.
GARANTISMO
A armação de Fachin e Fux, de querer levar ao plenário do STF a suspeição de Moro, já aprovada na 2ª Turma, mereceu resposta firme de Gilmar: “Essa questão está resolvida. Porque, de fato, nós julgamos o habeas corpus. Temos de ser rigorosos com as regras processuais. Não podemos fazer casuísmo com o processo, por se tratar de A ou B”. Pela lei.
AUTOEXCLUSÃO
Toda escolha tem consequência. Não há como evitar, mesmo fugindo para a Europa. A declaração de Ciro Gomes, de que volta a viajar para Paris em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, confirma o completo divórcio do presidenciável do PDT com as prioridades da resistência democrática: superar a pandemia e derrotar o neofascismo negacionista.
SINAIS
O editorial do Estadão, que ataca o STF por ter devolvido a elegibilidade de Lula, a decisão de Ciro Gomes, de anular o voto em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, e a posição de Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio, contrária ao impeachment, são sinais claro. Na dividida, a direita não negacionista volta a apoiar Bolsonaro em 2022. Com raríssimas exceções.
