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COLUNA SAQUE

PEDAGÓGICO
Como ensina Paulo Freire, traduzido em várias línguas, a educação sem base crítica, libertária, induz o oprimido a querer se tornar opressor. É o vício que carregam os filhos das classes subalternas que ajudam a manter as desigualdades sociais e a opressão. Por isso o brilhante educador brasileiro é tão odiado por Bolsonaro, leia-se pelo neofascismo negacionista.

 

RIQUINHO
Só um tolo para acreditar que Bolsonaro, filho das classes médias inferiores, que sempre sonhou em virar “elite” e ascendeu servindo ao grande capital, seja humilde ou preocupado com os mais necessitados. Para enganar o povo, caneta Bic, pastel de rua com caldo de cana, entre outros disfarces. Mas, na intimidade do poder, picanha de R$ 1.799,99 o quilo e bebidas finas. Novo rico.

 

ANOMALIA
Bom desafio para a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia e a Ciência Política. Fica difícil entender o trabalhador assalariado, o pobre que, mesmo passando fome, perante tanto sofrimento, continua a apoiar Bolsonaro. O presidente paga auxílio emergencial de R$ 150,00, enquanto come picanha de R$ 1,8 mil o quilo. Masoquismo social.

 

CORROSÃO
Pode até parecer apenas detalhe interno do Parlamento, mas a tentativa do presidente Arthur Lira (PP-AL), de alterar o Regimento Interno da Câmara Federal, visa reduzir ainda mais a influência da oposição nas decisões e facilitar a aprovação de medidas de interesse do projeto neofascista de Bolsonaro. Altera perigosamente a correlação de forças. Corrói seriamente a democracia.

 

EFERVESCÊNCIA
A tendência agora é a CPI da Covid ganhar mais emoção, com contradições, delações e revelações graves que comprovarão o caráter doloso do genocídio na pandemia. Necropolítica. Nesta quarta-feira tem o depoimento do ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, e na próxima semana o ex-ministro Pazuello. Uma investigação independente incrimina Bolsonaro.

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