COLUNA SAQUE
SABEDORIA
Justamente pelo fato de o momento político ser um pouco mais favorável à resistência democrática - o melhor dos últimos seis anos -, a conjuntura se mostra perigosa do ponto de vista institucional. A extrema direita, capaz de qualquer loucura, sente a desvantagem e se desespera no ataque. A situação requer muita sabedoria e firmeza do STF e da oposição no Parlamento.
UNIDADE
O Brasil vive uma guerra entre o neofascismo negacionista e a democracia. Como percebe que no plano político vai perder a disputa, pois a rejeição só faz crescer e Lula já assumiu a liderança da corrida presidencial, Bolsonaro quer melar o jogo. Criar o caos para tentar se salvar pela força. O momento exige resistência democrática ampliada e mobilizada. Todo cuidado é pouco.
DEGRINGOLANDO
Politicamente, Bolsonaro despenca. A pesquisa X-Ipespe, feita para o mercado de capitais, dá dois sinais concretos. Lula vence no segundo turno e mais de 65% da população rejeitam a agenda ultraliberal. Sem falar das complicações na CPI da Covid, que começa a apertar o cerco. Pela via democrática, ele pode até se salvar do impeachment, mas morre nas urnas.
PROVAÇÃO
O STF tem duas provas de fogo e necessita de boas notas para proteger a democracia, função mãe da instituição, e pagar parte da dívida que tem com a sociedade. Para tanto precisa rejeitar o pedido da PF para investigar Dias Toffoli e negar a manobra de Pazuello para só responder as perguntas que quiser na CPI da Covid. São dois golpes do neofascismo bolsonarista.
BAIXARIA
A troca de socos e pontapés, ao vivo, entre o radialista André Marinho e o empresário Tomé Abduch, no programa Pânico, apresentado por Emílio Surita, é resultado da linha editorial bolsonarista da Jovem Pan, conhecida pela intolerância e defesa de versão única da história. Está a serviço da extrema direita e inclusive tem culpa no agravamento da pandemia.
