COLUNA SAQUE

FANATISMO

A mentira carrega o risco de o mentiroso acreditar nas fake news que inventa. Com apenas 24% de aprovação e minguando a cada pesquisa, Bolsonaro comete o erro de se imaginar eleitoralmente competitivo porque consegue atrair grupos de fanáticos nas irresponsáveis aglomerações que promove, Brasil afora. Pois é, depois que perder a eleição vai querer culpar as urnas.
 

DEBANDADA

A maior preocupação dos candidatos em uma eleição geral é com eles próprios, com os resultados nos Estados onde têm domicílio eleitoral, que os afetam diretamente. Assim, à medida que as pesquisas forem consolidando a liderança de Lula na corrida presidencial, a tendência é Bolsonaro perder cada vez mais apoiadores de conveniência. É a velha debandada geral.
 

ANEMIA

Os senadores evitam a prisão de depoentes flagrados mentindo na CPI da Covid, mas acumulam provas incontestáveis. O silêncio liberado pelo STF pode incriminar. A decisão do Exército de mandar Pazuello para a reserva contém duro recado ao governo. O PT e a direita perfumada secundarizam o impeachment, mas intensificam a oposição. Bolsonaro sangra. Anemia política.

 
ENTREGÃO

Realmente, Bolsonaro atravessa uma fase de baixo astral e a maré não está para peixe bolsonarista. Que o diga Felipe Melo, volante do Palmeiras. Fez arminha com a mão durante o hino nacional, domingo, na finalíssima do campeonato paulista, foi detonado nas redes sociais e acabou entregando o primeiro gol do São Paulo, que venceu por 2x0 e se sagrou campeão.

 
NECROPOLÍTICA

O objetivo do governo Bolsonaro ao atacar a China, poucas horas após receber insumos chineses para a produção de vacinas, é criar dificuldades, tentar impedir que os governadores e Lula consigam novas remessas e amenizem o sofrimento do povo brasileiro. É a necropolítica. Os ricos pagam uma fortuna para se vacinarem no exterior e os pobres podem morrer à vontade.