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BEM GRAVE
Muita gente ainda não percebeu a gravidade da crise na caserna após a participação de Pazuello, general da ativa, em ato político-eleitoral. O alto comando do Exército quer puni-lo, mas sabe que o presidente anulará, o que seria uma desmoralização. Mas, engolir a impunidade, contrariando as regras militares, é tão desmoralizante quanto. Bolsonaro estica a corda. Tensão.


 
É COMPLICADO
Por ser a corporação hegemônica, se o Exército aceitar a imposição arbitrária do presidente, que para proteger Pazuello viola conceitos sagrados do mundo militar, será uma grave ofensa ao conjunto das Forças Armadas. A crise serve para Bolsonaro dimensionar o grau de apoio que tem na caserna. Se ganhar a queda de braço, se sentirá mais poderoso. Vitamina o arbítrio.
 


TEM PROVAS
Está correta a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ao afirmar que a CPI da Covid já tem provas incontestáveis contra Bolsonaro e o governo, portanto pode fechar o relatório. É importante ter cuidado para não permitir que o trabalho da Comissão vire palco eleitoral. Para quem quer que seja. Está na hora de quebrar sigilos, prender se necessário e concluir a relatoria.
 


NA IMUNDÍCIE
Se no plano mundial a reputação de Bolsonaro sempre foi a pior possível, visto como um ogro fascista, com a CPI da Covid, o presidente brasileiro chega ao nível de inimigo da civilidade. O jornal New York Times e a revista britânica The Economist publicam matérias que denunciam o genocídio no Brasil. Ameaça à democracia em nível global.
 


QUE HORROR!
Equívoco histórico, lamentável. Justamente quando se faz necessária a unidade das forças progressistas para garantir a democracia e derrotar o neofascismo negacionista, o PDT surpreende com apoio à proposta da extrema direita de voto impresso. Só faz confundir a cabeça do eleitor e beneficiar diretamente o projeto de reeleição de Bolsonaro.

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