COLUNA SAQUE
FUNESTO
O problema do Brasil não é o sistema governativo, mas sim a formação colonial e escravagista das elites, a concentração escandalosa da riqueza. Se no presidencialismo a banda podre do Parlamento, geralmente a maioria, captura o presidente e controla o Executivo, imagine no semipresidencialismo, em que o Congresso tem o poder de indicar o chefe de governo!
PIOROU
É tradição nas elites políticas de direita. Enquanto perdurar o governo Bolsonaro, o Centrão vai usar e abusar, tomar o último tostão possível e quando não houver mais nada para sugar, a reeleição definitivamente perdida, pula fora do barco e vai vender facilidades a outro freguês. É sempre assim. Antigamente era o PMDB, agora é um consórcio de partidos.
VIVÍSSIMA
Defenestrado e demonizado no primeiro ano do mandato, chamado de antro de ladrões por generais e outros bolsonaristas raízes, o Centrão se tornou não apenas a única salvação de Bolsonaro, mas, acima de tudo, no maior controlador do governo. A troca de Luís Eduardo Ramos por Ciro Nogueira, na Casa Civil, comprova que a “mamata” está mais viva do que nunca.
DERROCADA
Tudo bem que a política é dinâmica e de uma hora para outra tudo pode mudar. Mas, a recente pesquisa PoderData, que aponta 56% de rejeição do presidente e 62% de desaprovação do governo, confirma uma tendência que torna cada vez mais difícil a reeleição de Bolsonaro. Resta saber qual será a próxima jogada golpista das elites para tentar impedir a vitória das esquerdas.
PERVERSÃO
Além de carimbar o caráter doentio de Bolsonaro, a decisão do YouTube, de remover 15 vídeos, sendo 14 daquelas lives ridículas feitas às quintas-feiras, por difusão de fake news, principalmente contra a saúde pública, reafirma a desmoralização de um presidente que virou motivo de chacota, mundialmente. É visto como delinqüente. Ameaça à democracia e a civilidade.
