COLUNA SAQUE
IMPÉRIO
Muita gente achou que Biden ajudaria o Brasil a derrotar Bolsonaro pela ligação com Trump. Ledo engano. Com o fracasso da terceira via, que garantiria a continuidade da agenda ultraliberal, e da possibilidade concreta de as forças progressistas elegerem o presidente, os EUA vão apoiar Bolsonaro, de novo. Afinal, para eles o que importa não é a democracia, mas sim meter a mão na riqueza brasileira. É da natureza do império.
CORRUPÇÃO
A declaração do embaixador Todd Chapman, de que o “grande problema do Brasil é a corrupção”, deixa bem claro de que lado os EUA estão no confronto entre a democracia e o neofascismo. Ele falou do mensalão, petrolão e lava jato, operação que eles inventaram, mas não citou casos recentes como rachadinha, ladroagem nas vacinas entre outros escândalos bolsonaristas.
DESIGUALDADE
A corrupção é grave e precisa ser combatida com o rigor da lei. Mas, sem dúvida alguma, o maior problema brasileiro é a desigualdade social. A diferença abissal entre o topo e a base da pirâmide, responsável pelo subdesenvolvimento, fome, ignorância e, claro, o entreguismo que favorece o grande capital. Na miséria não floresce democracia nem desenvolvimento soberano.
SOCIALISMO
“Ainda há espaço para uma alternativa socialista”, diz o líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn. “Temos de pensar se vamos continuar em um mundo de desigualdades e livre mercado ou se vamos reconhecer que a nossa saúde depende da qualidade de vida de todos”. Civilidade ou barbárie.
ESCABREADAS
Tímidas demais, sem a força que o caso requer, as reações das instituições e agentes públicos responsáveis pela guarda da Constituição com mais uma ameaça ao Estado democrático de direito feita pelo ministro Braga Neto, da Defesa. Se limitaram a simples declarações de repúdio. Muito pouco. A situação exigia nota pública do STF, do Congresso e processo contra ele.
