COLUNA SAQUE

PODEROSO
Ciro Nogueira aceitou ser ministro, mas, mesmo que não assuma a Casa Civil, segundo cargo mais importante depois da Presidência, e fique na Secretaria Geral, o Centrão vai continuar todo poderoso na governança e na governabilidade, pois tem o governo e Bolsonaro nas mãos. Segurar o impeachment custa caro. Agora, eleição é outra conversação, outro acerto.

 

ANTIPOVO
A Folha diz que o general Ramos se recusa a entregar a Casa Civil para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o que seria a radicalização da disputa interna pelo poder entre militares e o Centrão. Mas, há quem afirme que tudo não passa de jogo de cena. Certo mesmo é que são dois setores da sociedade elitistas e ultraconservadores. Bem antipovo.   

 

SALVAÇÃO
Os militares sabem muito bem que a concentração de poder do Centrão e a presença do senador Ciro Nogueira (PP-PI) no núcleo duro do governo têm importância vital para Bolsonaro e, logicamente, para eles também. No plano institucional, mantém o impeachment engavetado, e no eleitoral tenta ganhar votos no Nordeste, região mais antibolsonarista do Brasil.

 

PODRIDÃO
Gravíssimas, as acusações de Joice Halssemann (PSL-SP) ao apontar o general Heleno, ministro da Segurança Institucional da Presidência, como um dos suspeitos das agressões físicas que sofreu, e dizer que não procurou a PF porque não confia na instituição. Afinal, trata-se de uma deputada federal. O caso é bem estranho e parece esconder muita sujeira. 

 

INSULTO
O cinismo de Bolsonaro é tanto que deixa bem claro o desprezo para com a realidade dos fatos e a sociedade. É vergonhoso ele prometer que, na live desta quinta-feira, vai apresentar provas de fraudes nas eleições de 2014 e 2018, apesar de a própria PF já ter assegurado que o sistema eleitoral é seguro. O presidente ofende a inteligência nacional.