COLUNA SAQUE

ESSÊNCIA

A matéria da Folha sobre o custo Bolsonaro - prejuízos econômicos, dólar nas alturas e inflação sem controle - traduz o crescimento da insatisfação entre as elites que o elegeram e mantêm. Resta saber se irão abandoná-lo à própria sorte ou, na falência cada vez mais evidente da tal 3ª via, voltarão a apoiá-lo eleitoralmente em 2022 para salvar a agenda ultraliberal. O xis da questão.

 

RECENTES

O poder econômico, que elegeu e sustenta o neofascismo bolsonarista, vive um dilema: democracia ou golpe. Pela legalidade, a tendência é a agenda ultraliberal ser derrotada nas urnas. Intervenção militar parece improvável, mas há outras formas de violar a vontade popular. O impeachment sem crime de responsabilidade em 2016 e a prisão ilegal de Lula em 2018 são dois exemplos recentes.

 

METÁSTASE

A insubordinação dos coronéis da PM paulista Aleksander Lacerda e Ricardo Augusto Araujo, que estão convocando a tropa e a sociedade para o ato em defesa do golpe que os bolsonaristas promovem dia 7 de setembro, com ofensas ao STF, ao Parlamento e ao governador, resulta do avanço do câncer neofascista nos quartéis. Têm de ser processados e incluídos no inquérito do STF.

 

FIRMEZA

“Acho que a atitude neste momento deve ser de serenidade, porém de firmeza, pois mesmo que ele não tenha êxito nas tentativas de invadir o Congresso e o Supremo, tudo indica que algo desse tipo será tentado. E ao tentar já há vítimas”. A observação é do governador do Maranhão, Flávio Dino, sobre as ameaças golpistas de Bolsonaro. Realmente, subestimar é um erro grave.

 

COMPARSAS

É óbvio que, como dinheiro não cai do céu, o neofascismo bolsonarista, que prega o negacionismo e, ao invés de governar, dedica todos os recursos e esforços na tentativa de destruir a democracia e implantar uma ditadura de extrema direita no Brasil, é mantido por grupos poderosos que lucram fortuna com a agenda ultraliberal. Principalmente os bancos, o agronegócio e a indústria da fé.