COLUNA SAQUE
TOGADO
Na mídia independente, entre políticos da oposição, sindicatos, enfim em diferentes grupos sociais comprometidos com a causa democrática, prevalece a idéia de que não há risco de golpe no Brasil. Geralmente, a tendência é associar ato golpista só à intervenção militar. O impeachment em 2016 e a prisão ilegal de Lula em 2018 foram dois golpes. Toga em vez de fuzil.
FALSIDADE
As forças progressistas não podem dar o menor descuido. A democracia continua correndo sério risco no Brasil. Menos pelo delírio de intervenção militar de Bolsonaro e mais pelo compromisso de muitos que hoje se dizem oposição ao neofascismo bolsonarista, mas não hesitarão em recorrer aos meios mais espúrios possíveis para evitar a volta da democracia social.
EXEMPLAR
Enquanto o Centrão se divide sobre a continuidade do apoio a Bolsonaro e boa parte do grupo já não vê qualquer chance de reeleição do presidente, cada vez mais desgastado e rejeitado, Lula costura novas alianças e consolida liderança absoluta no Nordeste, principal pólo de resistência ao neofascismo bolsonarista. Força nordestina pela democracia. Retada de boa.
PECULATO
A situação do senador Flávio Bolsonaro pode se complicar muito a partir de terça-feira, caso a 2ª Turma do STF derrube o foro privilegiado no escândalo das rachadinhas, ou seja, crime de peculato, quando ele era deputado estadual pelo Rio. A decisão está com os ministros Kássio, Lewandowski, Gilmar e Fachin. O resultado é imprevisível.
ESCURIDÃO
Crescem as especulações e previsões de especialistas, jornalistas e políticos sobre o risco de o Brasil enfrentar, de novo, racionamento de energia e apagões. Lembra a crise energética, que causou prejuízos a tanta gente, no final do governo FHC, em 2001, às vésperas da primeira eleição de Lula, em 2002. Hoje, culpa da escuridão política de Temer e, principalmente, Bolsonaro.