COLUNA SAQUE

ELEIÇÃO
A mídia noticia a viagem, às pressas, do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, para os EUA, e associa à guerra na Ucrânia. Porém, o mais previsível é que a pauta principal seja a eleição deste ano no Brasil. O establishment estadunidense não aceita a liderança de Lula e teme a vitória das forças democráticas, pois coloca em risco a agenda ultraliberal.

 
IMPREGNAÇÃO
A atitude do subprocurador do MPF Lucas Rocha Furtado, de exigir do TCU a manutenção da política de preços da Petrobras, altamente nociva ao povo brasileiro, evidencia o quanto a agenda ultraliberal está impregnada na alta burocracia estatal. Unifica as elites entreguistas, que farão de tudo para impedir o retorno da democracia social ao poder central.

 
ENIGMA
Quem quiser que procure entender! A chapa das forças progressistas na Bahia estava arrumada, aí o governador inventou de querer concorrer ao Senado, botou pé firme, criou outro arranjo, depois veio o desarranjo, o PP rompeu com o governo e agora Rui Costa decide concluir o mandato. Especulação é o que não falta. Quem não sabe rezar, xinga Deus.

 
LASTRO
A saída do PP da base governista no Estado é uma grande perda, mas isso não significa vitória automática para ACM Neto (UB). O candidato das forças progressistas, Jerônimo Rodrigues (PT), é pouco conhecido, mas conta com o apoio do governador Rui Costa, bem avaliado, de Wagner e, acima de tudo, de Lula, que tem mais de 65% de preferência na Bahia.

 
COMPLICAÇÃO
ACM Neto se fortalece com o PP, mas não foge de um sério problema. A menos que faça acordo com Bolsonaro, o que parece improvável, pois na Bahia seria desastroso eleitoralmente, qualquer que seja o candidato bolsonarista ao governo vai rivalizar com ele e, claro, lhe tirar muitos votos. Não é possível que o presidente não tenha 10% do eleitorado baiano!