COLUNA SAQUE

MEXIDA

Como Moro também é de extrema direita, ao desistir da candidatura a presidente a maioria do eleitorado dele migra para Bolsonaro. Como deve acontecer com Dória, que se mantém candidato, porém agora mais fragilizado. Isso ocorrerá em um 2º turno. As novas pesquisas darão melhor visibilidade do quadro. Mas, sem dúvida, mexe na correlação de forças.

 

 

FORMIGUEIRO
Os últimos movimentos de Bolsonaro, com a retomada do discurso golpista, as desaforadas comemorações nos quartéis do golpe de 1964 e a radicalização do clima político-eleitoral acendem a luz vermelha na resistência democrática. Lula está corretíssimo ao buscar ampliar alianças com frações da burguesia. O neofascismo vai tentar tumultuar as eleições.

 
CHURRASQUINHO
O discurso de quinta-feira, em Salvador, deixa claro a grande diferença de Lula para Bolsonaro. Enquanto o presidente neofascista só fala em arma, golpe, agressões às instituições e desprezo aos pobres, Lula toca na essência da vontade popular. “Se preparem, nós vamos voltar a comer o churrasquinho de sábado e domingo”. Foi ovacionado, aplaudido de pé.

 

SERVILISMO
A subserviência das elites nativas ao grande capital internacional atinge o nível da alta traição. Em vez de criticar Bolsonaro pela humilhação que lhe impôs, o general Joaquim Silva e Luna deixa a presidência da Petrobras atacando Lula, chamando-o de “aventureiro” por defender o povo brasileiro e condenar a dolarização dos preços dos combustíveis. Entreguismo raiz.

 

UNANIMIDADE
O mau-caratismo do ex-juiz Sérgio Moro, considerado incompetente e parcial pelo STF, é unanimidade nacional, de Norte a Sul. Exceção apenas para meia dúzia de puxa-sacos que se locupletaram com a Lava Jato. A saída dele do Podemos e a desistência à candidatura presidencial, sem comunicar ao partido, gerou críticas da extrema direita à esquerda, de Bolsonaro a Jean Wyllys.