COLUNA SAQUE
DECEPÇÃO
A nota do Globo, de que “parte significativa das Forças Armadas está decepcionada” com a atuação do general Paulo Sérgio Nogueira no Ministério da Defesa, permite duas observações: Bolsonaro não tem apoio pleno da caserna para um golpe e a pretensão de se meter na apuração da eleição é iniciativa isolada dos militares governistas.
COMPLEXO
O tempo da guerra fria já passou. Por isso mesmo fica complicado para o alto comando das Forças Armadas apoiar ruptura com a legalidade, violar o calendário eleitoral e a vontade popular, sem que haja qualquer ameaça real e concreta ao sistema, ao establishment, apenas para satisfazer a sanha de poder do neofascismo bolsonarista.
MILAGRE
A julgar pelas pesquisas, está dificílima a reeleição de Bolsonaro pelas urnas. Eleitoralmente, toda vez que abre a boca se complica mais. Perde nos três maiores colégios eleitorais: São Paulo, Minas e Rio. No quarto, Bahia, assim como em todo Nordeste, toma goleada. Como em política não existe milagre, ele aposta no confronto, no caos.
CRIMINOSOS
Diante da confissão de John Bolton, que foi conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente Trump, de que ajudou a planejar golpes de Estado em vários países, o deputado venezuelano Saúl Ortega chamou o governo dos EUA de “bando de criminosos”. E lembrou outros crimes como assassinatos seletivos e violações aos direitos humanos.
HÁBITO
Nenhuma novidade que os EUA promovem golpes de Estado mundo afora, entre muitas outras atrocidades. Só no Brasil, vale lembrar a ditadura civil militar (1964-1985) e mais recentemente a Lava Jato, que criou as condições objetivas para o ato golpista do impeachment sem crime de responsabilidade, em 2016. Vicio antigo do império.