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BOM SINAL
Frações poderosas das elites, com influência na indústria e no sistema financeiro, começam a se mobilizar na organização de uma unidade nacional contra as ameaças golpistas de Bolsonaro. O movimento tem crescido, inclusive na caserna onde, segundo O Globo, há insatisfação do alto comando com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira.

 

PELA CULATRA
As criminosas declarações de Bolsonaro na reunião com embaixadores, semana passada, quando voltou a atacar, sem provas, as urnas eletrônicas, e afirmou que não aceitará o resultado se perder a eleição, deixou preocupados até mesmo setores das classes dirigentes simpáticos à reeleição. O tiro saiu pela culatra. Atraiu ainda mais as atenções do mundo.

 

O REMÉDIO
O uso rigoroso das leis é o melhor antídoto para neutralizar a violência da extrema direita. Como feito pelo STF na sexta-feira, quando mandou prender o brutamonte bolsonarista Ivan Rejane, que divulgou vídeo ameaçando matar Lula, ministros do Supremo, deputados, senadores e militantes de esquerda. Agora chora na prisão, igual a Daniel Silveira.

 

QUEM SÃO?
Se não houver pressão de setores comprometidos com os direitos humanos, no Brasil e no exterior, o caso dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips encerrará com a prisão e condenação apenas dos executores. O MPF denunciou três homens como autores, mas o mundo quer saber quem são os mandantes. É o que importa.

 

DE MANDO
Muito estranho a pouca informação na mídia sobre as investigações das mortes de Bruno e Dom. Os indícios apontam para crime de mando, apesar de o governo Bolsonaro insistir em afirmar, antes mesmo do início das apurações, não haver mandantes. As vítimas eram internacionalmente conhecidas e os matadores, pessoas simples, não agiriam por conta própria.

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