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COLUNA SAQUE

NA LÓGICA
A nota do Exército negando o Globo sobre insatisfação no alto comando das Forças Armadas com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e os ataques às urnas, reforça receios de setores democráticos com rumores golpistas. Se os militares desconfiam do processo eleitoral, é presumível que apoiem Bolsonaro no desrespeito à vontade popular.

 

VÍCIO VELHO
Muitos políticos, cientistas sociais, juristas e jornalistas não creem no envolvimento das Forças Armadas em golpe. Acham que manterão apoio a Bolsonaro até o fim do mandato, mas não assumiriam aventura golpista. Tomara que estejam certo. Historicamente, as elites, inclusive militar, sempre recorreram a meios extralegais para impedir o avanço popular.

 

SÃO SUSPEITOS
Outra convicção que muita gente tem, mas não se pode confiar, é a de que os EUA não aceitariam uma manobra de Bolsonaro para violar o resultado das urnas. A continuidade da agenda ultraliberal é vital para os interesses macroeconômicos do império, que nunca se preocupou com a democracia na América Latina. Pelo contrário, sempre bancou golpes e ditaduras.

 

OLHO VIVO
Na realidade, o simples fato de os militares estarem inseridos no processo político, inclusive se arvorando para assumir o protagonismo eleitoral, já é um golpe no sentido de que viola preceitos constitucionais sobre as funções das Forças Armadas. E como dizem os mais experientes, o que começa errado dificilmente termina bem. Na dúvida, todo cuidado é pouco.

 

É AGORA
Com o agravamento das ameaças golpistas de Bolsonaro e generais a pouco mais de dois meses da eleição, é preponderante, para o futuro político, econômico e social do Brasil, a constituição de uma unidade nacional pela democracia, ampla e plural. Cadê as elites que se dizem liberais? Hora de assumir posição. Civilidade ou barbárie? A História não perdoa.

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