COLUNA SAQUE

DISPARADA
Se, como diz a própria mídia comercial, sempre hostil às forças progressistas, a campanha de Bolsonaro ficou “assustada” com a pesquisa Ipec, antigo Ibope, divulgada na segunda-feira, com a do Datafolha, que sai amanhã (18), deve ficar apavorada. Os dados tendem a indicar novo avanço de Lula, resultado da união nacional com a Carta pela Democracia.

 

CAXINGUELÊ
Ao não aplaudir a veemente defesa do processo eleitoral feita pelo ministro Alexandre de Moraes, no discurso de posse no TSE, Bolsonaro sentiu o peso do isolamento que amarga com as ameaças golpistas. O público presente todo se levantou para bater palmas. E ele sentado, com “cara de quem viu caxinguelê”, como diz Raul Seixas na música Capim Guiné.

 

ALENTO
Para o momento atual, marcado por intimidações de Bolsonaro e generais governistas à legalidade, tensão institucional, fake news e muita violência política, a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE é um alento para a democracia, diante da postura firme que o ministro tem tido no STF no combate às ameaças da extrema direita à ordem constitucional.

 

INCENTIVO
Como o TSE, até o último dia 15 presidido por Edson Fachin, não tomou nenhuma providência contra as fake news da ex-ministra Damares Alves, de que Lula estimulou o uso de droga, e do deputado Marco Feliciano (PL-SP), de que o PT vai fechar as igrejas, a extrema direita se acha no direito de espalhar outdoor com crime eleitoral por todo país. Impunemente.

 

DESIGUAL
A tolerância das instituições com as barbaridades da extrema direita termina por estimular outros crimes contra a democracia, a legalidade e a vontade popular. Por exemplo, dias atrás o TSE proibiu Lula de chamar Bolsonaro de genocida, mas nada faz para frear o uso e o abuso da máquina pública em favor da reeleição do presidente. Dois pesos, duas medidas.