COLUNA SAQUE
RESPALDO
O envolvimento de frações influentes das elites econômicas, políticas e militares não apenas nas conspirações golpistas, mas, o que é pior, nos atos terroristas, reforça a necessidade de o governo Lula se apoiar na mobilização popular para evitar novas tentativas de golpe que, por certo, virão. O fascinazismo não acabou com a derrota de Bolsonaro nas urnas.
DISPUTA
A vitória de Lula não significa a retomada imediata e inabalável do Estado democrático de direito. A ameaça fascinazista, que não se limita a Bolsonaro, continua ativa. A situação ainda é de disputa, até porque, segmentos poderosos das classes dirigentes admitem violar a legalidade para esmagar a democracia social e impor a agenda ultraliberal. A saída é povo nas ruas.
CARAPUÇA
Se entregou. O general Sérgio Etchegoyen, que chefiou o GSI no governo do traíra e golpista Michel Temer, não gostou de Lula dizer que “perdeu a confiança em parte das Forças Armadas”. O presidente não generalizou, portanto não precisava tomar a carapuça. Aliás, não se ouviu um pio do militar contra os atos terroristas. Quem cala...
INCOMPATIBILIDADE
A polêmica gerada na internet com o fato de a Caixa anunciar na Jovem Pan, emissora famosa por espalhar fake news, estimular o discurso de ódio e intolerância, levanta debate interessante e atual. É ético, correto, a administração pública fazer anúncio institucional em meio de comunicação que ameaça a legalidade, viola princípios democráticos e republicanos?
ANIMADOR
A democracia se faz com conversações, entendimentos, direitos e deveres. A reunião das centrais sindicais com Lula inaugurou nova realidade para a luta dos trabalhadores. Os compromissos assumidos pelo presidente sinalizam melhorias nas relações do trabalho com o capital, pela postura do governo de incentivar a organização sindical e as negociações. É por aí.
