Na Caixa, adesão ao PDE supera expectativa

Com a proximidade do início do governo Bolsonaro, aumenta a tensão entre os empregados das estatais. A expectativa não é nada animadora e, justamente por isso, na Caixa, a adesão ao PDE foi acima do esperado. Em apenas quatro dias, 1.685 se inscreveram no Programa de Desligamento de Empregados.

Pelas regras, 1.626 serão contemplados. Foi a primeira desde que o banco começou a abrir os planos de demissão que o número de adesão superou as expectativas. Não há dúvidas. O número já é resultado do governo que nem começou.

A Caixa está na mira de privatização e ninguém faz mais questão de esconder. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, deu diversas declarações à grande mídia sobre a intenção em vender as estatais. Não é a toa que o presidente do banco será Pedro Guimarães, um "expert" em privatizações.

Os rumores é de que primeiro a empresa seria transformada em Sociedade Anônima, fatiada, para posteriormente ser vendida. Os caminhos para isso estão sendo abertos. Agências foram fechadas, setores estratégicos extintos, política de juros mudada e o quadro de pessoal reduzido. 

E não acaba por aí. Outros programas de desligamentos podem acontecer em 2019, elevando ainda mais a sobrecarga de trabalho nas agências e deixando os empregados vulneráveis a doenças. Realmente, um retrocesso.