Lucro dos bancos aumenta 20%. A farra é boa 

Contra fatos não há argumento. O ditado popular cabe bem para mostrar quem ganha com a política de austeridade imposta no país. Enquanto a grande maioria da população tem a renda achatada, em decorrência do salário baixo, do alto custo de vida e do desemprego, o sistema financeiro lucra como nunca.

Apenas quatro bancos - BB, Bradesco, Itaú e Santander - lucraram, juntos, R$ 69 bilhões em 2018. O aumento foi de 20% em relação a 2017. Um recorde. A tendência é de mais crescimento neste ano, já que o governo Bolsonaro, assim como Temer, reza a cartilha da agenda neoliberal. 

A reforma da Previdência é um exemplo. A proposta que será encaminhada para o Congresso Nacional na quarta-feira (20/02) beneficia somente o setor bancário, com o sistema de capitalização. Para o trabalhador, não há o que comemorar. O modelo reduz o valor da aposentadoria, piorando a qualidade de vida justamente no momento em que a pessoa mais precisa.    

Outros dados
As demissões intensificadas pelos bancos reduz o gasto com despesas de pessoal. No ano passado, a queda foi de 3,2% na comparação com 2017. O fechamento de agências e investimento em serviços por meio digital também ajudam a elevar o lucro. 

Uma política que, novamente, só favorece as empresas. Os desligamentos são péssimos para a economia nacional e o fechamento de agências prejudica milhões de pessoas. Não é só isso. Os bancários também saem prejudicados, pois aumenta a pressão e o ambiente inseguro é mais propício ao surgimento de problemas de saúde.