Paralisação não é só pelo aumento real

A greve nacional dos bancários chega ao 25º dia e a forte adesão mostra que a paralisação por tempo indeterminado não é só para garantir aumento real. É para avançar em outras cláusulas e, principalmente, derrotar, pelo 14º ano seguido, o sistema financeiro que quer impor perdas aos trabalhadores.
 
Ainda mais agora quando o cenário é adverso com a usurpação do poder através do golpe apoiado pela elite financeira. O momento é de combater a intransigência dos bancos que tiveram lucro líquido, juntos, de R$ 29,7 bilhões.
 
Por isso, a luta continua forte por reajuste com aumento real de 5% mais a inflação de 9,62%, mas também pelo fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações. 
 
Por mais respeito à vida do trabalhador, tanto na saúde como na segurança, e por melhores condições de trabalho, os bancários não vão acabar com a greve até que nova proposta se sobrepor ao reajuste pífio de 7% e abono de R$ 3,5 mil. A luta continua contra a retirada de direitos.