Violência contra jornalistas aumenta 65%

Os casos de violência contra jornalistas no Brasil aumentaram 65% de 2015 para 2016, segundo um relatório da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). O dado é mais um reflexo da onda conservadora que tomou conta do país e se instalou definitivamente em agosto do ano passado.

Segundo o relatório, o total de casos de violações à liberdade de expressão no Brasil saltou de 116 para 192 ocorrências. A maior parte das agressões é cometida por agentes públicos, principalmente policiais, guardas municipais e outros agentes de segurança. 

Os participantes dos protestos políticos, seguidos por políticos e detentores de cargos públicos, também figuraram entre os grupos que mais ameaçaram, intimidaram e agrediram jornalistas no ano passado.  

As genericamente chamadas “agressões” são a forma mais comum de violência registrada contra os profissionais, 67 casos em 2016. Em seguida aparecem os casos de ofensas (22), ameaças (19) e condenações/decisões judiciais (18), que impedem jornalistas de apurarem um assunto ou divulgar suas descobertas. 

Intimidações (17), ataques/vandalismos (17), censura (12), detenções (7), atentados (6), roubos e furtos (4) e até um caso de assédio sexual completam a lista. (BC)