Por um IR mais progressivo 

A mobilização dos movimentos sociais por um Imposto de Renda da Pessoa Física mais progressivo e justo no Brasil não para. A faixa de isenção para quem recebe dois salários mínimos, valor que corresponde agora a R$ 2.824,00, foi ampliada neste ano pelo governo. Acima disso, os contribuintes pagam alíquotas entre 7,5% e 27,5%.

Por Renata Andrade

A mobilização dos movimentos sociais por um Imposto de Renda da Pessoa Física mais progressivo e justo no Brasil não para. A faixa de isenção para quem recebe dois salários mínimos, valor que corresponde agora a R$ 2.824,00, foi ampliada neste ano pelo governo. Acima disso, os contribuintes pagam alíquotas entre 7,5% e 27,5%.


Quem tem renda mensal superior a R$ 5.000,00 já se enquadra na alíquota máxima. Quer dizer que o trabalhador com rendimento médio vai pagar percentual igual ao que ganha R$ 50 mil ou R$ 300 mil por mês. Uma discrepância. 


Por isto, a Campanha Tributar os Super-Ricos reforça que a promessa de Lula de ampliar a faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil deve ser cumprida o quanto antes. É necessário criar novas faixas com alíquotas superiores para as mais altas rendas. “Imposto não pago é riqueza indevida acumulada”.


Além disso, os super-ricos não tiram a totalidade da renda através dos salários, pois normalmente recebem lucros e dividendos das próprias empresas ou daquelas que são investidores. Mas, estes proventos são isentos de tributos. Desta forma, quem ganha acima de R$ 500 mil mensais paga o equivalente a apenas 5%, segundo cálculos do Instituto Justiça Fiscal.