O 7º Encontro das Bancárias debate desafios para igualdade de gênero

Um espaço privilegiado para debater os direitos das mulheres. Este é o clima do 7º Encontro das Bancárias da Bahia e Sergipe, que acontece neste sábado (16/03), em Salvador.

Por Feebbase

Um espaço privilegiado para debater os direitos das mulheres. Este é o clima do 7º Encontro das Bancárias da Bahia e Sergipe, que acontece neste sábado (16/03), em Salvador. No auditório do hotel Portobello, trabalhadoras de diversas cidades dos dois estados se reúnem para compartilhar experiências e discutir formas para garantir a igualdade de gênero nos bancos e na sociedade.

 

A mesa de abertura teve a participação da deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA); do presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto e da diretora para Assuntos de Gênero, Nancy Andrade; do presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, e da presidente do Sindicato de Camaçari, Thaíse Mascarenhas, além de representantes de diversos sindicatos. A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) também prestigiou o evento.

Os debates começaram com a exposição da diretora da Previ, Paulo Goto, que falou sobre os desafios da mulher bancária no mundo contemporâneo, mostrando como o trabalho da mulher é invisibilizado pela sociedade. Ela trouxe também dados de pesquisas que comprovam a sub-representação de mulheres e outras minorias nos cargos de gestão das grandes empresas no Brasil e mundo.

Paula citou ainda as ações da atual gestão do Banco do Brasil, que colocaram a empresa em local de destaque no quesito da diversidade. “Encontros como estes são muito importantes para que a gente possa ter de pensar em tudo que fizemos para chegar até aqui e também em formas de nos unirmos para avançarmos ainda mais”, ressaltou.

 

Logo em seguida, a supervisora técnica do Dieese em Sergipe, Flávia Rodrigues, apresentou os resultados dos cinco maiores bancos em atuação no país- Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander-, que lucraram juntos R$ 108,6 bilhões no ano passado. No mesmo período foram fechadas 542 agências e eliminados 905 postos de trabalho no setor.

 

 

 

A economista mostrou também os números do mercado de trabalho nos bancos, com o recorte de gênero, onde as mulheres representam 52,1% das trabalhadoras dos bancos privados e 43,2% das empresas públicas. Ao mesmo tempo, têm remuneração em média 22,2% menores que os homens. As negras recebem ainda menos, só 40.6% dos homens brancos. Elas também são minoria nos cargos de gestão nas empresas públicas e privadas, mostrando que a desigualdade ainda é muito grande no setor.

 

Fonte: Feebbase