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Cuba vive e respira

No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, fala da visita que fez a Cuba em uma delegação do CEBRAPAZ e da Associação José Marti da Bahia.

Participei da delegação do CEBRAPAZ e da Associação José Marti da Bahia que visitou Cuba de 28 de dezembro/2023 a 12 de janeiro 2024. Foram 40 pessoas de vários estados. Já estive na Ilha socialista algumas vezes a primeira vez em outubro de 1991 numa delegação da Central Única dos trabalhadores-CUT Brasil a convite da Central dos Trabalhadores de Cuba- CTC e a penúltima vez foi na delegação de deputados estaduais baianos de vários partidos em 2013 a qual tive a responsabilidade de coordenar. A partir deste artigo vou relatar minhas impressões nos diversos períodos.


Em 1991 a situação de Cuba era muito grave, onde foi desmontado o bloco soviético e os países socialistas em grande parte deixaram de existir. Nas demais visitas observei uma melhora nas condições de vida da população, na penúltima viagem onde uma comitiva de deputados visitou o país socialista de 18 a 25/07/2013, a minha impressão é de que a situação da população melhorou e o país estava se recuperando apesar do bloqueio norte americano.

 

No chamado período especial em CUBA, iniciado em 1989 com a queda do Muro de Berlin, desmonte do bloco socialista, que culminou na extinção da União Soviética em 1991, a resistente ilha experimenta uma queda de 35% do seu PIB-Produto Interno Bruto, pois mais de 80 % de suas relações comerciais eram com estes países. Neste período a ofensiva capitalista ocorreu no mundo inteiro, havia uma ideia generalizada de que cuba também cairia em semanas ou meses tanto que quando eu cheguei da visita a CUBA em 1991, essa era a pergunta que mais me faziam.


O Comandante em Chefe Fidel Castro, já previa o desmoronamento do bloco socialista e manteve os princípios revolucionários mesmo com as dificuldades enfrentadas, o fim da união soviética e o bloqueio norte americano.  Eu quando era questionado sobre o futuro de CUBA, respondia com certa tranquilidade: Cuba vai resistir, Cuba não vai cair. Acertei na minha intuição, baseada no que observei, um povo consciente, unido em torno de um projeto baseado na justiça social.


A propaganda capitalista passa a ideia de que CUBA é uma ditadura e o povo vive na miséria. Não é verdade, observei as pessoas livres, alegres, abraçando a causa socialista. Os governantes reconheciam os problemas, as dificuldades do povo e buscavam estratégias para superação deste período difícil, sem reprimir a população em função de problemas sociais.


*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ