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Bloqueio econômico a Cuba é criminoso 

No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, falou sobre o fato de o bloqueio econômico a Cuba ser criminoso. 

Uma fake news que percebi com certa frequência em Cuba é de que não existe bloqueio no país. É claro que as mentiras são construídas e bem elaboradas pelos ideólogos do capitalismo, por agentes da CIA (Central Intelligence Agency) e, algumas vezes, reproduzidas pelos meios de comunicação, seja no Brasil ou em outros países.


Na época da Guerra Fria, os ataques se dirigiam aos países socialistas, principalmente a União Soviética, onde no relato do então diretor da CIA, Allen W Dulles, citado por Randy Alonso Falcon, no livro Cuba e Sus Desafíos, expressava de forma clara a estratégia de intervenção no bloco comunista:


“Sembreando el caos em la Unión Soviética, sin que sea percebido, substituiremos sus valores por outros falsos y les obligaremos a crer en ellos. Encontraremos a nuestros aliados e correligionários em la própria Russia...”  Assim se coloca em prática um plano de divulgação de mentiras, espalhadas com objetivo de destruir as conquistas da sociedade, favorecendo o grande capital e, atualmente, potencializado pelas redes sociais. 


Em Cuba, por exemplo, o que algumas pessoas falavam, de que não existia bloqueio e que 80% da alimentação vinham dos EUA, aqui no Brasil o jornalista Leandro Narloch, em 31/07/2020, no site da revista Veja, escrevia algo semelhante. Dizia ele que “80% da comida consumida em Cuba vêm de fora – a maior parte dos Estados Unidos”.


O bloqueio a Cuba, não só existe, como é o mais longo da história moderna, já dura 62 anos, e a ONU (Organização das Nações Unidas) já decidiu pela 31ª vez, pelo fim da perseguição dos EUA. A última vez que a Assembleia Geral da ONU aprovou mais uma resolução pelo fim do embargo econômico norte americano foi em 02/11/23. Foram 187 votos a favor e apenas Estados Unidos e Israel votaram contra, além da Ucrania que se absteve.


No discurso do Ministro das Relações Exteriores de Cuba, na Assembleia Geral da ONU, ele afirma que entre 01/03/22 e 28/02/23 o prejuízo do bloqueio foi de US$ 4,867 bilhões, média de US$ 405 milhões mensais. Sem o bloqueio, o PIB cubano teria crescido 9% em 2022. 


*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ