Quase 10 mil empregos bancários a menos

A ganância dos banqueiros se eterniza. Ainda mais agora que o governo Michel Temer aceita tudo o que o sistema financeiro faz. A prova dos desrespeitos é a quantidade de desligamentos nos bancos, mesmo os lucros chegando aos R$ 17,107 bilhões no primeiro trimestre de 2017. Foram, no total, 9.621 empregos a menos só nos cinco primeiros meses do ano. Os dados são do Caged.

O montante de cortes é 60,4% maior em comparação a igual período em 2016. Só na Bahia, foram 382 empregos a menos para a população, que fica a mercê de muitas filas e atendimento precário.

Quem mais cortou vagas no período foi a Caixa. Foram 4.368 postos a menos (45,4% do total de fechamentos), fruto do PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Extraordinário) provindo da reestruturação nefasta na empresa. A maioria dos demais postos (4.960) foI extinta pelos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.

Rotatividade

A prática da rotatividade, quando os bancos demitem os que têm mais tempo de banco, com salários maiores, para admitir trabalhadores com remuneração menor, também persiste. Os bancários com idade entre 50 a 64 anos foram os mais atingidos, 6.597 demitidos. Entre os desligados, 46,6% estava há mais de 10 anos servindo nas agências. É muita ingratidão.