Bradesco eleva cobrança de metas ao nível máximo

O Bradesco ignora completamente o momento difícil que todo o mundo passa, em decorrência da crise causada pelo coronavírus, e eleva ao máximo as metas, colocando o lucro acima das vidas humanas. As cobranças não têm hora para chegar e vão até por áudio, de acordo com denúncias feitas ao Sindicato dos Bancários da Bahia.


Nem mesmo o grupo de risco é respeitado. Há casos de funcionários que, mesmo sendo hipertensos, têm de trabalhar presencialmente, porque, segundo a empresa, “usa apenas um tipo de medicamento”. Alguns têm hipertensão e tomam remédio há muitos anos. 


O Bradesco alega que o home office só é necessário em caso de uso de mais de um medicamento ou se o bancário tivesse realizado ponte safena. Um completo absurdo que vai de encontro a todas as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e o próprio Ministério da Saúde.


Atitudes irresponsáveis como essa ajudam a elevar os casos de coronavírus no Brasil. Até o início da tarde desta terça-feira (24/03) mais de 2 mil pessoas foram diagnosticadas com o COVID-19. Os números têm crescido muito rápido no país. Na Bahia, são 73.


Importante destacar que no ano passado, o Bradesco lucrou R$ 25,887 bilhões e, em 2018, R$ 21,564 bilhões. O banco pode esperar a pandemia passar e cuidar com responsabilidade da saúde dos funcionários.