Centrais cobram proteção para os trabalhadores

Contra a Medida Provisória 927, que previa, dentre outros prejuízos, a suspensão de contratos de trabalho por quatro meses com corte de salários, as centrais sindicais do país divulgaram nota acusando Bolsonaro de agir de maneira antissocial e discriminatória e jogar nas costas dos trabalhadores o ônus da crise da pandemia de coronovírus.


Apesar do recuo do governo após pressão da sociedade, inclusive do Congresso Nacional, para as entidades, a revogação do artigo 18 não é suficiente. A reivindicação é para pela garantia de serviços essenciais à toda população, a exemplo de água, luz, TV e internet, além de um salário mínimo mensal para desempregados e informais.


Em um trecho do documento, destacam que normativa “tenta passar por cima dos legítimos representantes dos trabalhadores, que são os sindicatos, e impõe negociações individuais”. Também reivindicam como medidas a aceleração da concessão de aposentadorias, a regularização de beneficiários do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e a articulação do governo com o Congresso e todos os governadores. 


Na nota, pedem que o Congresso Nacional convoque as centrais, as confederações patronais e os órgãos de Estado para criarem uma Câmara Nacional de Gestão de Crise para o combate à pandemia. A intenção é que possuam medidas justas e sociais que garantam emprego e direitos dos trabalhadores.