Empreendedoras negras sofrem mais na pandemia

As empresas lideradas por mulheres negras são que mais sentem os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, pois têm dificuldade de funcionar de modo virtual e para conseguir empréstimos por conta do CPF negativado. A informação é do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).


De acordo com o levantamento, feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, 36% dos pequenos negócios liderados pelas mulheres negras estão com as atividades interrompidas. O índice cai para 29% quando avaliados os negócios com mulheres brancas à frente e para 24% quando são homens brancos. Entre os negros, a proporção é de 30%.


Parte da dificuldade, se deve ao fato de só conseguirem operar de forma presencial, 27%. Já entre as brancas, há queda para 21% e entre os empreendedores brancos, representa 20%. O percentual é de 25% entre os empresários negros.


A pesquisa ainda mostra que 58% das mulheres negras que solicitaram crédito tiveram o empréstimo recusado. As negras apresentaram a maior proporção de CPF negativado, 25%. No quesito dívidas em atraso, as empreendedoras negras apresentam uma proporção mais elevada (45%) do que as mulheres brancas (36%) à frente de um negócio.