União nas redes e ruas contra demissões nos bancos

Nas redes sociais e nas ruas, os sindicatos em todo o país estão dando o recado contra as demissões nos bancos, nesta quinta-feira (15/10). Os três maiores bancos privados do país – Itaú, Bradesco e Santander – lucraram R$ 68,8 bilhões em 2019 e R$ 21,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, mas insistem em demitir os bancários em plena pandemia de Covid-19.

 

Além dos protestos do tuitaço com a hashtag #QuemLucraNãoDemite, o Sindicato da Bahia e a Federação da Bahia e Sergipe paralisam a Regional Bradesco, antigo Banebão, durante todo o dia e realizaram manifestação na agência do Santander da Praça da Inglaterra, no Comércio.

 

As ações fazem parte do Dia Nacional de Luta Contra as Demissões e em Defesa dos Empregos. Para se ter ideia da crueldade, só o Santander demitiu cerca de 1,5 mil funcionários, entre caixas e gerentes gerais, além colocar para fora empregadas grávidas com estabilidade na pandemia. Diretores das entidades afirmaram a clientes e funcionários que, apesar de o Brasil representar 1/3 do lucro mundial, o banco espanhol ainda discrimina os lesionados e persegue os que ajuizaram ação para receber a 7ª e 8ª horas, com diminuição de salário e ameaças de demissão. 

 

Até o momento, o Bradesco demitiu 940 bancários em todo o país. Da base do Sindicato da Bahia, em torno de 60 bancários foram demitidos. No Itaú, os desligamentos já atingiram mais de 400 empregados em todo o país. Com lucratividade bilionária, os bancos têm que honrar o compromisso de manter os empregos da categoria, principalmente durante a pandemia. A mobilização não vai parar.